A Associação Brasileira dos Biomagnetistas (ABRABIO) teve seu início em 2020, com raízes profundas na história do Biomagnetismo Medicinal, uma prática que já existe no Brasil há mais de duas décadas. Inicialmente, ela se apresentava como Biomagnetismo Médico, depois apenas como Biomagnetismo, até que, em novembro de 2021, o desenvolvedor da técnica, Dr. Issac Goiz Durán, estabeleceu-a como Biomagnetismo Medicinal, embora também seja conhecida como Terapia do Par Biomagnético em alguns países, uma vez que Dr. Goiz foi o descobridor do primeiro Par Biomagnético, TIMO/RETO. A partir desse marco, a ABRABIO expandiu seus horizontes e passou a abranger outras práticas magnéticas e terapias de biocampo, como a Magnetoterapia, a Elementoterapia Magnética, Desbloqueio Emocional Magnético e todas as práticas magnéticas afins e derivadas, mantendo sua essência nas raízes do Biomagnetismo Medicinal. Isso ampliou consideravelmente o leque de possibilidades terapêuticas oferecidas aos brasileiros.
Hoje, vamos destacar as origens do Biomagnetismo Medicinal, que ganhou notoriedade mundial por meio de cursos ministrados pela família Goiz e por alunos de Goiz Durán. Atualmente, estima-se que existam pelo menos 10.000 Biomagnetistas em atuação no Brasil, atraídos tanto pela formação, quanto pelos resultados impressionantes dessa técnica.
O interesse no Biomagnetismo Medicinal cresceu consideravelmente nos últimos anos. Em 2018, a Secretaria de Saúde de Natal - RN já oferecia tratamentos com Biomagnetismo. No ano seguinte, uma pós-graduação na área foi lançada no estado, marcando um avanço significativo na formação de profissionais qualificados. Em 2020, no Paraná, surgiu a segunda pós-graduação na área, oferecida pelo Instituto Par Magnético, e atualmente é a única em atividade no Brasil, representando a formação mais aprofundada em Biomagnetismo Medicinal no mundo.
O reconhecimento acadêmico do Biomagnetismo Medicinal também cresceu. Em 2015, na Universidad de Alcalá, na Espanha, a primeira tese de doutorado sobre a técnica foi apresentada, focando no reflexo cinesiológico do encurtamento do hemicorpo. A partir de 2017, os primeiros artigos científicos começaram a ser publicados, com pequenos ensaios experimentais. Hoje, existem cerca de 50 publicações em revistas científicas sobre o Biomagnetismo Medicinal, das quais aproximadamente 40 são resultado dos Trabalhos de Conclusão de Curso dos alunos da Pós-graduação em Biomagnetismo e Bioenergética Aplicados à Saúde.
Em 2020, na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), foi lançado um projeto de extensão em Biomagnetismo e Bioenergética, vinculado ao Hospital das Clínicas, com o objetivo de atender os trabalhadores da unidade hospitalar. O projeto ganhou destaque ao ser selecionado para apresentação no Seminário do Laboratório de Inovação em Enfermagem, promovido pela Organização Pan-Americana da Saúde e pelo Conselho Federal de Enfermagem, em Brasília.
A busca por maior reconhecimento e inclusão do Biomagnetismo Medicinal no Sistema Único de Saúde (SUS) também tem sido uma luta importante. Em 2018, um grupo de Biomagnetistas, formados diretamente pelos discípulos de Goiz Durán, enviou uma carta e um projeto ao Conselho Nacional de Saúde (CNS) solicitando a inclusão da prática no SUS. Embora a solicitação tenha sido negada naquele momento, uma nova oportunidade se apresentou com a marcação de uma reunião para debater o assunto em 2023. Foi então que a Associação Brasileira dos Biomagnetistas (ABRABIO) apresentou novamente a solicitação ao CNS em junho de 2023.
A ABRABIO representa um marco importante no desenvolvimento e regulamentação das Práticas Magnéticas no Brasil. Além de incentivar a melhoria da qualidade do ensino e das Práticas Integrativas e Complementares Magnéticas (PICMAG), a associação tem como objetivos principais a regulamentação dessas técnicas como profissão e sua incorporação no SUS, o que abriria portas para uma ampla utilização do Biomagnetismo Medicinal como terapia complementar no sistema de saúde brasileiro, sem desmerecer as outras práticas que também são importantes para a população.
Este ano, em setembro, a ABRABIO celebrará seu quarto aniversário. Para comemorar essa data especial, será realizado o primeiro Congresso dos Biomagnetistas do Brasil, que abordará tópicos fundamentais, incluindo como estabelecer um consultório de forma legal e ética, bem como viver de consultório. Essa iniciativa promete enriquecer ainda mais a comunidade de Biomagnetistas no país, proporcionando uma oportunidade única para a troca de conhecimento e experiências.
O Biomagnetismo Medicinal é uma técnica promissora que demonstra um grande potencial terapêutico, especialmente no tratamento complementar de doenças crônicas e no estímulo ao autocuidado e autorresponsabilidade sobre o bem-estar e a saúde. Além disso, oferece uma nova área de pesquisa científica, com poucos estudos publicados até o momento. Compreender os mecanismos por trás das respostas cinesiológicas, fisiológicas, biomagnéticas e bioenergéticas das terapias magnéticas é fundamental para a aceitação da técnica, tanto por parte dos profissionais de saúde quanto dos pacientes, e para permitir que os Biomagnetistas avancem em suas pesquisas e aprimorem ainda mais essas práticas fascinantes. A ABRABIO está desempenhando um papel crucial na promoção e no desenvolvimento do Biomagnetismo Medicinal no Brasil, expandindo horizontes para PICMAG em nosso país.
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