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Adriane Viapiana Bossa - 18/09/2025 | 16/10/2025 - 10:01
Práticas Integrativas e Complementares em Saúde: do SUS ao Atendimento Privado e a Inserção das PICMAG
As Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) consolidaram-se como política pública no Brasil a partir da PNPIC – Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, de 2006. No SUS, hoje, milhares de serviços ofertam práticas como acupuntura, auriculoterapia, fitoterapia e meditação.

Mas o movimento não para no setor público: no atendimento privado, os profissionais também percorrem etapas de inserção dessas práticas, que vão desde a simples sensibilização até o domínio pleno de racionalidades médicas tradicionais.

Nesse artigo, inspirado na classificação de Daniel Miele Amado, propomos um paralelo entre os quatro níveis de inserção das PICS no SUS e como eles se traduzem na clínica privada, trazendo exemplos práticos e mostrando como a ABRABIO e as PICMAG (Práticas Integrativas e Complementares Magnéticas) já ocupam espaços concretos nessa trajetória.


► Primeiro nível – Sensibilização e encaminhamento
 • O profissional não aplica diretamente as práticas, mas reconhece seu valor e acolhe a demanda do paciente.
 • Pode orientar o paciente a buscar um terapeuta especializado, indicar leituras, cursos ou até grupos de apoio.
 • Impacto: amplia o acesso às PICs também fora do SUS, reduz preconceitos e ajuda a legitimar as práticas diante do paciente.

No SUS:
 • No privado Profissionais que ainda não aplicam técnicas, mas reconhecem o valor das PICS e encaminham usuários.

No privado:
 • Um nutricionista que atende uma paciente ansiosa e a encaminha para um biomagnetista, por perceber que a questão não é apenas alimentar.
 • Um médico de família que, após esgotar recursos biomédicos para dores crônicas, sugere que seu paciente busque o Biomagnetismo Medicinal.
 • Um terapeuta corporal que, mesmo sem aplicar ímãs, reconhece os resultados e orienta o paciente a procurar um colega biomagnetista.

→ Impacto: legitimação das PICS, redução do preconceito e fortalecimento da rede de encaminhamentos.


Segundo nível – Aplicação técnica a partir de protocolos
 • Profissionais que têm formações curtas (workshops, cursos rápidos) e aplicam protocolos simples e seguros.
 • Atende à crescente demanda de clientes que querem recursos naturais e acessíveis, mesmo que limitados em profundidade clínica.
 • Impacto: amplia o portfólio do profissional e gera valor agregado, mas sem substituir a prática especializada.

No SUS: 
• Capacitações curtas em auriculoterapia ou fitoterapia.

No privado:
 • O fisioterapeuta que participa de uma oficina e aprende protocolos básicos de magnetoterapia analgésica.
 • O psicólogo que faz um curso rápido de auriculoterapia e insere pontos padrão para ansiedade em seu consultório.
 • O terapeuta holístico que aplica pares biomagnéticos simples (como estômago/estômago, fígado/rim D, colos descendente/reto) a partir de protocolos básicos.

→ Impacto: expansão da oferta, mas ainda com aplicação limitada e pouco personalizada.


Terceiro nível – Raciocínio clínico ampliado
 • O terapeuta começa a personalizar as técnicas, integrando-as no plano de cuidado do paciente.
 • Deixa de aplicar só protocolos e passa a construir um raciocínio clínico combinando aspectos emocionais, sociais, ambientais e familiares.
 • Impacto: diferencia o atendimento privado, pois o paciente sente que está sendo cuidado de forma singular, integral e com vínculo.

No SUS: 
 • Integração das PICS no Projeto Terapêutico Singular (PTS).

No privado:
 • O biomagnetista que não apenas aplica o protocolo de gastrite, mas investiga hábitos alimentares, história emocional e vínculos familiares antes de definir os pares.
 • A terapeuta de bioenergética que, diante de um paciente com enxaqueca, combina biomagnetismo, desbloqueio emocional e orientações de autocuidado.
• O médico integrativo que inclui práticas magnéticas no acompanhamento de doenças autoimunes, ampliando o raciocínio além dos medicamentos.

→ Impacto: diferenciação no mercado privado, fidelização e reconhecimento do profissional como alguém que enxerga o paciente de forma integral.


Quarto nível – Domínio da racionalidade em saúde
 • Representa a apropriação plena da cosmovisão de uma prática (ex.: Medicina Tradicional Chinesa, Ayurveda).
 • Integra epistemologias distintas ao modelo biomédico.
 • Produz mudanças paradigmáticas no cuidado em saúde.

No SUS: 
 • Apropriação plena de racionalidades como MTC ou Ayurveda.

No privado:
 • O biomagnetista com pós-graduação que domina a racionalidade biomagnética e bioenergética, pesquisa, publica artigos e orienta novos profissionais.
 • O professor universitário que integra Biomagnetismo Medicinal a Bioenergética no currículo acadêmico.
 • O líder institucional que coordena projetos comunitários, cursos e pesquisas, consolidando as PICMAG como prática científica e terapêutica legítima.

→ Impacto: mudança de paradigma, consolidação profissional e científica.


► Onde a ABRABIO se insere nesse cenário?

A ABRABIO – Associação Brasileira dos Biomagnetistas acompanha e fortalece esse movimento em diferentes frentes através de suas parcerias:
 1. No SUS e em projetos sociais:
 • Pesquisa científica sobre Biomagnetismo Medicinal na depressão, realizada em um  CAPS2, publicada em revista científica.
 • Projeto “Mulheres de Lenço”, em parceria com ONG ligada a prefeitura, oferecendo suporte terapêutico a mulheres em tratamento oncológico.
 • Projeto social em Associações ligadas ao  município, como o atendimento de fibromialgia em Bagé (RS).
 2. Na ciência aplicada:
 • Produção de artigos científicos e estudos de caso sobre as diferentes PICMAG como Biomagnetismo Medicinal, Desbloqueio Emocional Magnético (DEM) e DEMAG. 
 • Protocolos clínicos em construção e validação para futuras publicações.
 3. Na clínica privada:
 • Formação de terapeutas que percorrem os quatro níveis, desde a aplicação de protocolos até o domínio da racionalidade.
 • Acompanhamento de mentorias e pós-graduação que estruturam o raciocínio clínico ampliado e consolidam autoridade profissional.


► Conclusão

A classificação de Daniel Amado é um mapa que mostra como as PICS entram no SUS, mas também serve como guia para o crescimento do terapeuta no setor privado.

A ABRABIO, ao reconhecer e apoiar esses quatro níveis, mostra que as PICMAG já estão inseridas em todos esses contextos: no SUS, em projetos comunitários, em pesquisas científicas e na clínica privada.

Esse movimento fortalece não apenas a categoria profissional dos biomagnetistas, mas também a legitimação social e científica das terapias magnéticas no Brasil, aproximando-as do que a OMS preconiza para a saúde integrativa no século XXI.

AMADO, Daniel Miele. Os quatro níveis de inserção das PICS no SUS. Palestra no canal do YouTube, 2023. Disponível em: https://youtu.be/01wR1v_Dpsw?si=UHCj1NL3yilxZ8Un. (https://youtu.be/01wR1v_Dpsw?si=UHCj1NL3yilxZ8Un) Acesso em: 18 set. 2025.

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